SALÃO DE ARTES DE ARROIO GRANDE

Uma iniciatiava da Prefeitura Municipal de Arroio Grande.Uma forma de valorizar as Artes Plasticas da região.Participei nas modalidades de Pintura e Desenho
Nas  três pinturas apresentadas, busco captar a poesia da tranqüilidade das cidades do interior da região sul do Brasil, aqui bem representada por Arroio Grande, onde o tempo flui sem a pressa das grandes cidades. Onde o olhar lento , mas atento, permite desfrutar do que a natureza nos oferece, e o espaço urbano pode possibilitar o habito do convívio amigável entre as pessoas.
O uso da técnica de aquarela sobre papel proporciona uma imagem fluída, límpida, que tenta remeter ao imaginário das recordações daqueles que estão longe da sua terra natal.
Senhor dos Desertos : desenho a nanquim
 Traduzir a figura do gaucho tradicional e idealizado, onde as imagens do homem e  cavalo formam uma única figura que cortam a amplidão do pampa. Homem e natureza. Sentimentos mundanos e idéias de liberdade. Um mundo sem fronteiras, em que o personagem ajuda a formar a identidade de um povo.
A figura do gaúcho funde-se com a do cavalo, formando um bloco único, indissolúvel e indivisível. O espaço em torno é a folha de papel em branco. A sombra projetada das imagens faz com que os personagem transitem neste cenário, onde o vazio é o espaço da imaginação.

Casa de Fazenda – A antiga casa de Estância, ao pé da figueira, onde o poço da água é testemunha de um período de lutas e conquistas de um passado difícil, mas glorioso. A tradição que se conserva através dos tempos.

"Conversando"- Sentar e conversar: hábitos simples da conversa descompromissada, na maioria das vezes acompanhadas por um chimarrão na frente da casa. O ambiente urbano colocado como um espaço de convívio social de cordialidade e da amizade.
A cidade não é apenas um aglomerado de cimento e  gente.

"FLOR DE CAMPO" ,aquarela e 1º lugar em pintura
Esta terminologia característica da nossa região, descreve uma paisagem levemente ondulada , vistos nos campos do Sul do Rio Grande. Onde o horizonte morre ao perder de vista, adornado por capões de mato e espelhados por açudes.

TRINCOS TRANCAS

“...a casa é nosso canto no mundo.” (Bachelard,G. A Poética do Espaço)

Os trincos das portas de casas da cidade ,objetos que podem nos dar passagem para um local onde “lembranças são guardadas” e o tempo pode permanecer retido nos devaneios da memória, servem como fonte de imagens para este trabalho.

São retratados trincos de moradias da cidade de Pelotas, cuja história teima em resistir a especulação imobiliária.

As imagens possuem uma sequencia que são apresentadas em um conjunto de oito trabalhos. Os desenhos são realizados em pastel seco em papel cinza. Nos quatro primeiros, a intenção é valorizar a textura do material e as cores tendem imprimir uma certa austeridade. As formas adornadas dos objetos remetem a uma memória dos tempos áureos de uma época da historia da região.

Um quinto desenho, mostra um trinco com formato mais simples e serve como transição para os dois próximos desenhos que mostram os objetos pintados juntos com o seu entorno. Desta forma o espectador pode permitir-se indagar : será que cuidamos do que é nosso?

E o último desenho que é um portão com uma corrente e um cadeado.

Desta forma simples, busco mostrar a passagem do tempo e a relação do homem com os valores do espaço habitado : a casa, “nosso primeiro Universo”, e consequentemente com a sua cidade.

O DIA QUE TURNER CHEGOU A PELOTAS


Oleo/carvão sobre papel        
2.20 CM X 1.20
Participou de uma mostra no Laranjal Praia Club-Pelotas em janeiro de 2010